quinta-feira, 24 de junho de 2010

Pra começo de conversa - com a palavra a Professora Simone Rosa

Nessa disciplina Serviço de Referência e Informação - SRI pudemos trazer para discussão em sala de aula diversos textos que tratam dessa temática na tentativa de visualizar como se adequaria a prática deste serviço com base no que foi discutido nas aulas. Numa segunda etapa, foi elaborada uma atividade prática para que os alunos pudessem conhecer o universo das Bibliotecas Comunitárias, trazendo à tona questões referentes a SRI, com isso os alunos puderam perceber que esse serviço para essas bibliotecas tem outra dinâmica bem diferente do que eles costumam ver nas bibliotecas universitárias. Considerado como uma atividade-fim da biblioteca, o SRI pretende identificar as necessidades informacionais dos usuários, levando em conta o papel do bibliotecário nesse processo como bem descreve Grogan (1995, p.108) em seu livro A Prática do Serviço de Referência: “uma das principais características de uma profissão é que o papel dos que a exercem não constitui meramente a prestação de um serviço, mas a aceitação de um grau de responsabilidade pelo bem-estar de seus clientes.” Os alunos 7º período de Biblioteconomia da Universidade Federal de Pernambuco através dessa atividade puderam compreender que o SRI vai além das habilidades técnicas, mas de uma atividade puramente humana, sensível e que tem como fim atender as necessidades tão desejadas do ser social: a de ter acesso à informação, de descobrir, conhecer, aprender.

Se nos empenharmos em estar sensíveis com o nosso campo de trabalho, certamente seremos profissionais bem diferenciados naquilo que nos propusermos fazer. Desejo que cada um possa trilhar com sucesso essa empreitada de ser um Bibliotecário capaz de romper barreiras e mostrar suas habilidades tão criativas. Há de ser curioso, mesmo que não tenha as respostas na hora, empenhe-se em encontrá-las, Guimarães Rosa (1958, p.16) em seu livro Grande Sertão Veredas disse: “ Eu não sei quase nada, mas desconfio de muita coisa". Se ousarem em desconfiar, em querer descobrir as respostas para o que não sabem, creio que já estarão dando um grande passo.

Que este espaço aqui sirva para opiniões e troca de informações entre a comunidade, alunos e profissionais de Biblioteconomia.

AbraçosSimone Rosa

Depoimentos dos parceiros nesse trabalho: Cida Fernandéz - Centro de Cultura Luiz Freire e Prof. Lourival Pinto - Dept. Ciência da Informação/UFPE

Caros alunos e alunas,

Com o objetivo de contribuir para a compreensão do que temos refletido como o papel das bibliotecas comunitárias e públicas em geral, no tocante aos acervos, esclareço que discutimos muitíssimo a não manutenção de obras didáticas e paradidáticas.
Por quê? Porque geralmente são livros consumíveis e que as escolas recebem e distribuem aos montes, é um item onde o poder público tem investido. Então, no plano de desenvolvimento dos acervos incluímos sim, obras que possam ampliar o universo de conhecimentos que deve ser transmitido pela escola. Então no lugar de um didático ou paradidático de história, preferimos ter um dicionário específico da área, uma enciclopédia ou mesmo livros que abordem de forma mais profunda os conteúdos da história. Claro que não conseguimos recursos para esse tipo de acervo com facilidade, mas nas campanhas de doação definimos pela seleção de obras impedindo a chegada da literatura didática. Que, aliás, em algumas bibliotecas era praticamente 100% do acervo. Tudo que era descartado das casas e das escolas se entulhavam nas bibliotecas, mediocrizando o saber.
A literatura é o principal investimento das bibliotecas comunitárias, porque à luz de Antonio Candido, entendemos que a literatura é libertária e estruturante da integralidade humana, portanto é um item fundamental, um bem de valor inestimável, e promover o acesso à ela, mais do que incluir, emancipa as pessoas da "destinação", permite que construam novos caminhos, que acreditem que tudo não está dado, que a história é construída e que todos e todas são responsáveis por ela e, portanto, merecem reverência e respeito, sejam negros, índios, japoneses, gays, lésbicas, naturalistas, enfim...
Muito obrigada por compartirem comigo o trabalho de vocês.
bjs

Cida Fernandez

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Cida

Concordo com você. A literatura é libertadora. Além de ser uma viagem da alma, ela nos traz conhecimentos de mundo, de história, de pessoas, e nos prepara para a vida de forma integral. No ato de ler, vemos um mundo que se mostra para nós de forma gentil e, ao mesmo tempo, instigadora.
As bibliotecas comunitárias são as instituições que estão no espaço mais nobre da cadeia cultural (se podemos chamar assim). Levam cultura e informação para que mais pessoas tenham acesso a esse mundo fascinante. E quando digo fascinante, não quero dizer um mundo ficcional, mas nosso mundo mesmo, que, às vezes, nos é tão desconhecido. Quando uma pessoa me diz que nunca leu um livro, sinto muita pena dessa pessoa. Não entendo como alguém pode ter passado por este mundo sem ter conhecido os mundos reais de Dostoiévski, Faulkner, Machado de Assis ou Ferreira Gullar (só para citar alguns). Pelas minhas convicções em relação a leitura e literatura (alguém já a chamou de arte máxima), acredito que as bibliotecas comunitárias e suas ações culturais são fundamentais para a construção e o desenvolvimento de um novo mundo, mais justo, igual e solidário.

Abraços a todos os alunos e à professora Simone (guerreira).

Lourival
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quarta-feira, 23 de junho de 2010

terça-feira, 22 de junho de 2010

Biblioteca Comunitária Caranguejo Tabaiares

No dia 11 de outubro de 2005 foi inaugurada a Biblioteca Comunitária Caranguejo Tabaiares, no Bairro da Ilha do Retiro, com um acervo inicial de 800 livros, doados pela Faculdade de Ciências da Administração de Pernambuco (FCAP), a Associação Cultura Planeta, além de outras organizações como ETAPAS, Centro Josué de Castro, FASE, Escola Maria Goretti, incluindo moradores da comunidade.
A iniciativa partiu de Cleonice da Silva e Reginaldo Pereira (lideranças comunitárias) e um grupo de moradores, jovens em sua maioria, residentes na comunidade, por entenderem que a biblioteca seria muito importante para facilitar o acesso ao livro, despertar o interesse pela cultura letrada, desenvolver o prazer de ler e apoiar as pesquisas escolares dos estudantes.
Esse processo de instalação da biblioteca comunitária vem representando uma oportunidade dos jovens exercitarem a experiência da gestão de um espaço coletivo, que oferece um serviço de grande relevância para a comunidade.
O objetivo da Biblioteca Comunitária Caranguejo Tabaiares é de oportunizar aos moradores um espaço de incentivo à leitura, democratizando o conhecimento e a informação para melhorar o desenvolvimento da comunidade com realização de oficina de leitura, conto de histórias e equipamento tecnológico.

ATIVIDADES CULTURAIS

São realizadas diversas atividades culturais para chamar a atenção da criançada e dos adolescentes, com o intuito de tirá-los da rua e levá-los para um ambiente que só vai trazer benefícios para eles.
Dentre as várias atividades desenvolvidas duas chamaram muito a atenção do nosso grupo:

• Semana do Conto de História
• Dia da leitura na rua


Semana do Conto de História

Evento que é realizado durante duas semanas no mês de férias escolares, e tem o intuito de despertar o hábito de ler nas crianças e nos adolescentes. As atividades desenvolvidas são de contação de histórias para crianças de 4 a 15 anos no horário da manhã e tarde e a noite são exibidos filmes educativos.
Esse evento já está na sétima edição e é o maior sucesso na comunidade.


Dia da leitura na rua

Evento que é realizado pela biblioteca, onde são desenvolvidas atividades de roda de leitura, contação de história, oficinas e recitações de poesias.




Problemas enfrentados


As pessoas que fazem parte da biblioteca fazem o possível para que ela funcione a todo vapor, mas ainda precisa da solidariedade das pessoas.
O maior problema que eles enfrentam é a falta de espaço, percebemos que eles têm a capacidade e a vontade que a biblioteca realmente mude as pessoas, mas o espaço é muito pequeno e isso acaba dificultando os serviços da biblioteca. Esse é um problema que pode ser solucionado, a casa onde funciona o clube de idosos futuramente será transformada também no espaço para a biblioteca.




Vale destacar

Ficamos impressionados com a dedicação, o amor, a vontade de mudar, com que as pessoas da Biblioteca Comunitária Caranguejo Tabaiares trabalham. Mesmo com todas as dificuldades, eles estão firmes e fortes para ajudar a sua comunidade e tornar o futuro das suas crianças muito melhor com a ajuda dos livros.

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Todos juntos na contrução da exposição fotográfica













Após a "grande chuva" da última quinta-feira (17/06) a manhã da sexta nos serviu para a organização do mural fotográfico referente às visitas feitas nas biblitecas comunitárias:
  • Biblioteca CEPOMA;
  • Biblioteca Comunitária Caranguejo Tabaiares;
  • Biblioteca e Creche Escola Irmã de Castro - Lar Meimei;
  • Biblioteca MulticulturalNascedouro;
  • Biblioteca Peró;
  • Biblioteca Popular do Coque;
  • Espaço de Leitura os Bravistas - Shekiná.

Uma experinência única que vamos sempre levar em nossas vidas, de como deve ser a atitude de um bom bibliotecário: participativo, criativo, envolvido com questões sociais e lutador.

Gostaríamos de agradecer aos gestores das bibliotecas, ao CCLF e em especial à professora da disciplia Serviço de Referência e Informação: SIMONE ROSA. Queremos encontrá-la o quanto antes a frente do Departamento de Ciência e Informação (DCI/UFPE) levantando a bandeira de 'bibliotecas comunitárias' e mostrando para novos alunos a realidade que existe na nossa sociedade.

Acreditamos, bem mais, que sonhos são realizados com muita luta e muito amor e temos esperança em uma pessoa. Pode nao ser o DCI que seja contemplado com o perfume da ROSA mas muitos alunos vão descobrir o que essa pessoa tem de especial (essa é a nossa inveja).

Parabéns a todos...





Biblioteca Peró (Instituto Peró Arte e Cidadania)





INTRODUÇÃO


Os locais que nos habituamos a chamar de “bibliotecas comunitárias” são pouco estudados na universidade, em relação a sua importância sociocultural no país. A biblioteca comunitária se caracteriza por ser uma iniciativa dos membros da comunidade, que tem como público-alvo a mesma comunidade que a mantém. Estas pessoas unidas se estabelecem como agentes coletivos, que através de práticas sociais interferem numa realidade de maneira transformadora. Daí a importância dessa iniciativa, pois através das pesquisas de campo nas bibliotecas comunitárias e da troca de experiências entre os alunos no blog, a Academia pode se voltar para este campo pouco explorado por ela e cada vez mais crescente na atualidade.


A INSTITUIÇÃO


A instituição surgiu da vontade dos empreendedores em contribuir para um futuro melhor às crianças e adolescentes da comunidade de baixa renda onde o Shopping fica instalado.

Peró é uma palavra em tupi-guarani que significa criança. Por isso, foi esse o nome dado ao projeto social desenvolvido em Jaboatão dos Guararapes, que atende crianças e adolescentes. O Instituto Peró Arte e Cidadania é uma instituição sem fins lucrativos que inicialmente fora denominada de Projeto Criança Feliz, criado em 24 de agosto de 2004, sendo desenvolvido e mantido pelos empreendedores do Shopping Center Guararapes, que tem sua sede anexa ao estacionamento, dentro da área do empreendimento. O Instituto Peró realiza diversas atividades educativas, para poderem participar dessas atividades, os candidatos devem ter entre 7 e 13 anos, morar perto do shopping e frequentar a rede pública de ensino - geralmente são selecionados nos colégios Visconde de Suassuna e Vidal de Negreiros. Entre as atividades que fazem mais sucesso estão: as oficinas de dança e música, além das visitas dirigidas - quando a turma vai a espetáculos, filmes e exposições.

A missão do Instituto Peró é oferecer às crianças e adolescentes da comunidade de baixa renda, a arte como um caminho de educação e cidadania.


PÚBLICO ALVO


É freqüentada por funcionários do Shopping, alunos da Rede Pública de Ensino (Fundamental e Médio) e que, em sua maioria, residem e estudam em bairros próximos ao centro comercial. No entanto, seu raio de atuação estende-se até mesmo a outros municípios, caracterizando-a como um pequeno pólo cultural.

E não são só as crianças que ganham com as atividades oferecidas pelo Instituto Peró. Através do Movimento Integração, os pais dos alunos também aprendem importantes lições de cidadania. Os encontros são realizados uma vez por mês, com duração de duas horas.


A BIBLIOTECA


Um galpão abandonado num terreno dentro do estacionamento do Shopping Guararapes deu espaço para o Instituto Peró, que abriga uma biblioteca voltada tanto para os funcionários do centro de compras como para as crianças dos colégios públicos vizinhos. Segundo a pedagoga e responsável pela biblioteca Erika Verçosa, no ínicio, a instituição oferecia aulas de dança e música. Com o tempo ficou clara a necessidade de uma ação que incentivasse o hábito da leitura. A Biblioteca Peró conta com apoio do Shopping Guararapes e da Fundação C&A e tem um projeto itinerante chamada “Baú de leitura”, que visita as escolas com contação de histórias e exibição de vídeos. “Algumas crianças chegavam aqui com receio de entrar. Nós fazíamos questão de dizer que esse espaço era para elas, que elas podiam entrar sem medo”, lembra Érika. As mediações de leitura e oficinas realizadas na Biblioteca buscam a interligação das diversas artes plásticas, cênicas, visuais, de forma contextualizada com a as artes literárias foco dos projetos desenvolvidos no Instituto Peró. O espaço atende aproximadamente 270 crianças, adolescentes, jovens e adultos das comunidades localizadas no entorno do Shopping Guararapes. A biblioteca disponibiliza ao seu público um acervo com mais de 2.500 títulos de Literatura Infanto-juvenil, Brasileira, Estrangeira, de cordel; revistas e gibis; Livros técnicos e de Referência; CD's e DVD's. E três computadores com acesso a internet para pesquisas. A biblioteca possui uma sala ampla, equipada com funcionamento diário, tendo como base de suas atividades a formação de leitores, promovendo atividades de mediação de leitura, estimulando o gosto e acesso aos livros aos usuários.


O SERVIÇO DE REFERÊNCIA


Observou durante o desenvolvimento desta atividade que o trabalho do profissional de referência nessa biblioteca funciona de uma maneira muito mais complexa, pois além de dar apoio aos usuários para o uso e exploração dos recursos de informação, tem também que orientar e estimular o uso da informação, na qualidade de um “professor informal”. É correto ainda afirmar que mostrar q a atuação das bibliotecas comunitárias pode ser vista como um modelo de serviço de referência e informação.


IMPRESSÕES


Ao realizar este trabalho percebemos que a realidade das bibliotecas comunitárias é por muitas vezes “fantasiada” por aqueles que não vivenciam o dia a dia dessas instituições, por várias vezes em seu relato, a estagiária Adélia Maria Araújo Oliveira, relatou a questão do preconceito que sofrem as comunidades mais carentes, e este juízo antecipado se estende às bibliotecas comunitárias. No caso da Biblioteca Peró, o impacto desse preconceito é amenizado pela mesma se encontrar numa área nobre do Recife, porém a sua localização não minimiza os esforços de seus colaboradores, para que a biblioteca alcance seus objetivos. Acompanhar a rotina de uma biblioteca comunitária foi, dentre as atividades propostas na disciplina, muito prazeroso, pois assim, pudemos vivenciar algo que não estudamos na faculdade, mas que está cada vez mais presente no cotidiano de comunidades carentes em todo o país, nos proporcionando uma visão crítica sobre a postura social do bibliotecário.


CONTATO

Endereço: Av. Barreto de Menezes, 800 - Piedade - Jaboatão dos Guararapes
Estacionamento do Shopping Guararapes (saída das Lojas Americanas)
Tel.: (81) 2122.2284 - 2122.2249
E-mail: institutopero@shopping-guararapes.com.br / bibliotecapero@shopping-guararapes.com.br

EQUIPE:

Coordenadora Geral: Luanna de Pinho Cavalcanti

Assistente Social: Erika Michelle Alves Pereira

Mediadora de Leitura: Érica Araújo Verçosa

Professora de Dança: Anne Isabelle Costa de Andrade

Professor de Música: Rostan José da Silva Júnior

Auxiliar: Maria do Socorro da Silva

Estagiárias: Michele Alexsandra Nascimento da Silva / Adélia Maria Araújo Oliveira







sexta-feira, 11 de junho de 2010

Biblioteca Creche Escola Irma de Castro - Lar Meimei

A Creche Escola Irma de Castro - Lar Meimei



Biblioteconomia: da técnica à cidadania

Entre os fatores que consolidaram o papel do bibliotecário destacam-se os que satisfazem as necessidades informacionais do usuário como: armazenamento, conservação e preservação da memória social e a disseminação da informação para a sociedade. Ao longo dos anos, os profissionais da informação foram aprimorando seus conhecimentos alcançando um vasto campo de trabalho em áreas gerais e especializadas em que são incorporadas novas técnicas para o controle documentário. Sabe-se que o profissional bibliotecário é mediador da informação, e, como tal, seu dever enquanto profissional/cidadão é agir como catalisador e difusor da informação na comunidade em que vive.

Percebe-se que existe um elo entre educação e ação social, partindo do pressuposto que uma boa educação forma um cidadão comprometido com a comunidade em que está inserido. A ação social possibilita a inserção da população excluída nessa comunidade, ou seja, uma ação voluntária dá oportunidade aos que vivem à margem da sociedade a terem acesso à informação e ao trabalho.

Nesse contexto, o bibliotecário volta-se ao cada vez mais para o uso social da informação, como agente transformador da realidade social que o cerca. A Biblioteconomia pode servir de suporte à prática pedagógica à medida que sai das paredes da biblioteca tradicional e passa a sentir o usuário, promovendo reais políticas públicas e auxiliando no resgate da cidadania daqueles que foram desfavorecidos pelas políticas de planejamento das gestões governamentais. Neste contexto, as unidades de informação são vislumbradas como o ponto de partida para a divulgação desse direito e de seus respectivos deveres, participando assim da dinâmica da construção da cidadania.

Biblioteca e Creche Lar Mei Mei



Há mais de 20 anos esta instituição filantrópica sem fins lucrativos, de assistência à criança carente, promove a integração social e a educação de diversas crianças em situação de risco das comunidades carentes circunvizinhas ao Bairro Novo e aos Bultrins.

São atendidas 80 crianças em fase pré-escolar (dos dois anos aos seis anos de idade) tratando de sua educação social e desenvolvimento da cidadania, ensinando os preceitos da ética e da moral cristã.

A Biblioteca Lar Meimei possui atualmente um grupo de pessoal responsável pela execução dos trabalhos que trabalham como coordenadoras e mediadoras entre a comunidade e a instituição. Entre elas atuam: Flávia Messias Lucena Melena e Márcia Verônica Caldas da Silva que atuam, respectivamente, como coordenadora e mediadora da biblioteca, atendendo ao público infantil bem como familiares e usuários externos.




O Serviço de referência da Biblioteca Lar Mei Mei é voltado especificamente para o atendimento infantil, desenvolvendo ações de uma verdadeira biblioteca escolar. Esses serviços priorizam essencialmente o aspecto humano, como forma de fluir a informação do acervo ao público, seja em ações públicas de leitura como prática social, seja no simples empréstimo de uma obra infantil.

O público real que freqüenta a biblioteca da instituição abrange voluntários da creche, educadores, familiares, voluntários da biblioteca e público externo, numa média mensal de 130 pessoas. Além da direção de duas mediadoras, a biblioteca recebe o apoio de quatro voluntários, atendendo uma média de 207 usuários potenciais. São realizadas ações culturais no local tais como "conto na praça" e "contação de leitura" em escolas do bairro.



As atividades desenvolvidas pelas mediadoras da instituição constituem ações de referência tendo como objetivo, o amparo à educação infantil, desenvolvendo ações literárias com narrativa de histórias para crianças, jovens e públicos da comunidade local. Destacam-se as atividades de conto na praça; roda de leitura com gestantes; roda de leitura com famílias; narrativa de histórias com crianças da instituição; oficinas de leitura com a comunidade (estendendo-se às escolas da região); aulas-passeio (como atividade complementar) e oficinas de leitura.

Nas atividades desenvolvidas no âmbito da educação infantil e arte-educação, as crianças desenvolvem trabalhos de colagens e pinturas em papel, leitura de cordel, educação ambiental e aulas de promoção à conscientização coletiva, direitos, deveres e construção da cidadania especialmente na reflexão crítica do estatuto da Criança e do Adolescente.



Embora o trabalho educacional de conscientização e democratização da leitura seja satisfatório, há uma grande lacuna de livros paradidáticos como suporte à leitura infanto-juvenil. Tal como o insuficiente número de livros, há uma carência sentida quanto ao número de mediadores, pois o trabalho com crianças é intenso e exige redobrada atenção por cada responsável que ali se encontra. Apesar de muitas conquistas materiais para o atendimento e conforto das crianças, os recursos são escassos uma vez que a biblioteca está inserida na creche (que igualmente possui gastos para sua manutenção) não havendo muitos recursos disponíveis. O apoio financeiro provém da Prefeitura de Olinda e de algumas entidades assistenciais, porém não é suficiente para cobrir os elevados custos de manutenção.

Apenas o apoio municipal e eventuais doações são insuficientes para manutenção e realização dos trabalhos, de modo que a sociedade civil precisa compreender seu papel como peça de uma engrenagem social para o funcionamento do coletivo. Vale salientar que a instituição recebe apoio do Instituto C&A através do "Programa Prazer em Ler" que através deste projeto visa desenvolvimento de ações de promoção da leitura e tem sido a principal fonte de recursos.



A biblioteca faz parte da Rede de Bibliotecas Comunitárias da Região Metropolitana do Recife, que conta com o Centro de Cultura Luiz Freire - CCLF (Olinda - PE) como parceiro e integrador das ações de intercâmbio entre as diversas bibliotecas além de fomentar a formação de gestores e mediadores de leitura. Isto sem dúvida dá um fôlego extra às atividades da instituição e demais bibliotecas que, isoladas, estariam mais frágeis.

Apesar de realizar atividades que deveriam ser atribuições do poder público, ou que iniciativas da sociedade civil dispusessem de maior apoio oficial, há uma dificuldade em cobrar e até falar do não cumprimento das obrigações acordadas entre a instituição e a Prefeitura. Como exemplo, só um turno escolar está sendo mantido quando deveria ser o horário integral e, também, o aporte de livros fica muito a desejar do que se espera da Prefeitura de uma cidade patrimônio histórico e cultural da humanidade.

Em tempo, a web site da Prefeitura informa: “Olinda realiza plenária para a formação do Plano Municipal do Livro e Leitura. O objetivo é elaborar o Plano Municipal do Livro e Leitura, com base nos debates que serão realizados com a participação da sociedade”. Parece que a administração municipal enxergou o que as bibliotecas comunitárias já tinham vislumbrado há tempos.



Impressões da avaliação dos Serviços de referência e informação da biblioteca Creche Lar Mei Mei

Comprometimento: esta é a palavra-chave que traduz o caráter institucional do Lar Mei Mei. Mesmo com as limitações de pessoal, recursos financeiros e apoio oficial, as atividades se desenvolvam de forma constante. Estas se estendem além dos limites da biblioteca e da instituição, a exemplo do “conto na praça” e “contação de história em outras escolas”. Ora, se por um lado, faltas de recursos e mediadores são apontadas como principais dificuldades encontradas para oferecer os serviços disponíveis, por outro não parece empecilho para realização destas atividades de extensão, ou seja, a biblioteca não se limita às atividades em seu próprio espaço.

Tal como evidenciou o autor Denis Grogan em seu livro "A prática do serviço de Referência", o elemento interpessoal continua acima de qualquer fator, pois a máquina, a tecnologia e as técnicas biblioteconômicas auxiliam no processo de educação, mas de forma alguma substituem o valor do indivíduo no trato das questões humanas. Apreendeu-se que as atividades culturais e literárias, são igualmente serviços prestados de valor referencial, distanciando-nos da unívoca visão de obras de referência e bases de dados no auxílio para este fim.

É notável o esforço realizado pela instituição Lar Mei Mei em prol do bem estar da comunidade, faltando infelizmente maior presença e apoio do governo municipal. Somente com a proposta de um investimento integral na educação, e por assim dizer, na leitura como prática verdadeira e não estatística de enriquecimento cultural e evolução pessoal e intelectual, é que podemos vislumbrar novos cenários sociais.

Infelizmente, muitas vezes o tema educação serviu na histórica política como um discurso demagogo de fins eleitoreiros ou de praxes emocionais. Ação cultural não resume a dispor de um espaço para eventos. Biblioteca comunitária não é um mero serviço social de conotação polítca. É antes de tudo, consciência não de um discurso retórico ou poético, mas AÇÃO em disponibilizar o seu tempo individual e comprometer-se verdadeiramente com o objetivo delineado. É somar feitos, independente do diploma que se carregue (ou mesmo da ausência de um). Isto sem dúvida soma mais uma experiência ao grupo em nossa bagagem acadêmica, que não levaremos apenas para os futuros ambientes de trabalho. Guarda-se para a vida.

GRUPO:

Aécio Oberdam
Carla Izabel
Maria Cleciane
Danilo Leão
Hugo Cavalcanti
Manoel de Souza

quinta-feira, 10 de junho de 2010

Espaço de Leitura os Bravistas – Shekiná


Trazendo consigo o lema “educar para a vida”, O Centro Educacional, Social e Cultural SHEKINA, é uma prova viva de que o assistencialismo humano vai além de uma mera clemência, e para àqueles que pensam que essas práticas só funcionam em decorrência do “business” , lá é o lugar onde esse tipo de paradigma não só se petrifica como também se despedaça, dando lugar ao autêntico sentido da palavra esperança, de onde se ver luzir dos olhos de todas as crianças.



Não se sabe se é pelo clima bucólico da região ou se são reflexos das fábulas presente no cotidiano da meninada, que faz a nossa aura transcender o óbvio discurso de que a creche é apenas recinto de atividades lúdicas para crianças cujos pais, precisam passar o dia inteiro fora para trazer o alimento. Não! A visão que se tem de lá, logo na entrada, é de que as pessoas formam uma espécie de extensão da família, e as atividades educacionais, didáticas e recreativas, misturam-se como formula mágica enaltecendo o ego tanto dos funcionários (sempre engajados pela causa), das crianças (sempre alegres e saltitantes), dos pais (que vê na instituição uma saída, ou melhor, uma entrada para a inclusão de seus filhos na sociedade) e dos visitantes (que assim como nós, ficam deslumbrados de como ações sociais ininterruptas ajudam a transformar o cidadão).
Integrada à creché está a biblioteca Os Bravistas, que só o nome já faz jus ao espírito guerreiro de quem modela as ferramentas auxiliares da educação. Quem visita o espaço de leitura logo é contagiado pelos valores que por ali transitam, a imaginação corre solta e logo se entra no clima, rimos, aprendemos contamos e recontamos estórias. A biblioteca não só atende seus hóspedes, mas toda a comunidade que a circunda. E se o mundo literário já encanta por si só, imaginem com o subsídio de uma assídua e real narradora? Pois é! Quem tiver a oportunidade de assistir a “hora do Conto” na biblioteca, testemunhará uma encenação digna dos mais belos anfiteatros que já existiu na história, e se o espectador for adulto, não será difícil transgredir as regras impostas pelo sistema e logo se render aos encantos e feitiços (no bom sentido da palavra) das histórias contadas pelas mediadoras Selma e Rita, coordenadoras respectivamente da biblioteca e do centro. Quem poderia imaginar que este espaço, que hoje faz a alegria das crianças transformando-as em cidadões atuantes, já foi um canil? Mas uma lição de que pequenos gestos transformam a sociedade. De mãos dadas chegamos mais longe.
A visita ao Shekiná e a Biblioteca Os Bravitas nos proporcionou uma visão na prática de profissionais que amam o que fazem, pessoas que não medem esforços para que a sociedade acolham estes pequenos da forma que eles realmente são,CIDADÃOS!!!

Alunos: Adna Marcia Sena, Bruno Bispo, Edvânia Cosmo, Fernando Antonio, Kennedy Albuquerque e Thiago Leite.

Biblioteca Popular do Coque


A Biblioteca do Coque surgiu como outras bibliotecas comunitárias, ou seja, a partir de alguém que inconformado com as necessidades de sua comunidade sente que pode dar um pouco de si (ou muito de si).

Betânia é a pessoa responsável pela criação da Biblioteca do Coque. No princípio, depois de seus esforços, a Biblioteca foi entregue nas mãos de terceiros e teve um fim, deixou de existir. Mas ela não desistiu e conseguiu outro lugar para por novamente em prática o seu projeto. Hoje conta com um grupo reduzido que ajuda nas tarefas do dia-a-dia e, com umas poucas parcerias que ajudam financeiramente a manter o local funcionando.

A maioria do público que freqüenta a Biblioteca são crianças. Muitas ainda não sabem ler, mas gostam de estar na Biblioteca participando das atividades realizadas como por exemplo, a “contação” de histórias. O local, mantido com dificuldades, é pequeno, mas tem um espaço aconchegante (na medida do possível) para que as crianças se sintam à vontade.

Ao visitar a biblioteca do Coque pudemos perceber que as crianças se sentem em casa, são incentivadas a ler e ainda tem um espaço para se divertirem. Embora pequena e com poucas pessoas para realizar o trabalho de atendimento ao público e organizar a biblioteca, observamos muita boa vontade e determinação por parte dos que ajudam na biblioteca. Muita coisa precisa ser feita, mas o que eles fazem já é um diferencial. Pode faltar espaço e finanças, mas não falta disposição para quem trabalha na Biblioteca do Coque.









Equipe: Cristiane Menezes
Dominique Corrêa
Doraci Pastich
Rosa Cristina
Viviane Ellen
Wilma Olegário





Biblioteca Multicultural Nascedouro


BIBLIOTECA MULTICULTURAL DO NASCEDOURO


Quando falamos de comunidade não podemos nos referir apenas à sociedade civil, mas a vários grupos trabalhando por um ideal – a busca de melhorias para o seu povo.
As Bibliotecas Comunitárias são alternativas criadas pela sociedade de aproximar o indivíduo ao acesso à educação, à cultura e o lazer, é um dos caminhos que muitas comunidades encontram para tentar modificar ou minimizar o quadro criado por muitos anos de descaso dos órgãos públicos, o que gerou altos índices de analfabetismo, desemprego e violência, principalmente, em comunidades com pouco poder aquisitivo.
A Biblioteca Multicultural do Nascedouro está localizada na Avenida Jardim Brasília, no bairro de Peixinhos, Olinda/PE. Originou-se da iniciativa de um grupo de jovens dessa comunidade que fazia parte do grupo “Movimento Underground” que posteriormente passou a chamar -se “Movimento Cultural Boca do Lixo”, esse grupo foi criando espaço e respeito na comunidade por buscar, através das artes, tirar suas crianças e jovens do mundo das drogas e da violência. Com dedicação e apoio do Centro Luiz Freire, em 2000, foi criada a Biblioteca Multicultural do Nascedouro, localizada no 2º andar da Antiga Indústria Matadouro. Atualmente, a biblioteca tem o apoio de duas grandes empresas a Instituição C&A de Desenvolvimento Social (projeto Prazer em Ler, que conta com a doação de livros para a biblioteca) e a Instituição Internacional ASW (AÇÃO Mundo Solidário – Alemanha), além do apoio técnico e pedagógico do Centro Luiz Freire.
Seu atual gestor é o Sr. Rogério da Silva Maurício, que mesmo não sendo bibliotecário, organiza junto com a sua equipe, atividades que incentivam a comunidade a perceber esse espaço como um local onde é desenvolvido o incentivo à leitura, a busca do conhecimento, além de ser um canal de divulgação da cultura local e regional. Isso pode ser conferido nas atividades realizadas nessa biblioteca, o que incluem: mediação da leitura, auxílio às pesquisas escolares, estímulo à leitura infantil, interação com os estudantes nos assuntos pesquisados, além das atividades extras: recital (onde são recitadas poesias), contação de histórias (com semanas temáticas) e o biblioboca MãeBaby (a equipe se dirige até as ruas levando livrinhos para mães e filhos lerem). O acervo da biblioteca dispõe de livros, periódicos, jornais, vídeos, que se dividem em Literatura Infantil, Filosofia, Romance, Religião, Poesia, Artes, Biologia, Cultura Indígena, Afro, dentre outras áreas.
A biblioteca Multicultural do Nascedouro faz parte da Rede de Bibliotecas Comunitárias da Região Metropolitana do Recife, onde possui um blog para divulgar informações de cada biblioteca participante. A Biblioteca Multicultural do Nascedouro, assim como as demais bibliotecas comunitárias existentes são iniciativas que devem ser apoiadas com seriedade por todos os segmentos da sociedade, pois elas buscam resgatar a cidadania, os valores morais e éticos e a valorização do indivíduo, através da busca do conhecimento, para que o mesmo sinta-se como parte fundamental no processo de desenvolvimento da sociedade e se torne também um disseminador dessas ações no futuro.
Esse estudo trouxe à tona o papel do bibliotecário como parte fundamental na construção dessas Unidades de informação e que mesmo não sendo criadas por esse profissional deve ser apoiadas e orientadas por ele, pois é seu papel como disseminador da informação também capacitar pessoas para realizarem trabalhos que estimulem o gosto pela leitura, a valorização dos bens culturais além das técnicas necessárias para orientação ao usuário na busca do conhecimento. Nossa Equipe acredita que são ações como a da Biblioteca Multicultural do Nascedouro junto com todas as que participam da Rede de Bibliotecas Comunitárias, apoiadas pelo Centro Luiz Freire, que podem formar pessoas mais atuantes na sociedade, porque foi permitido a elas o acesso ao conhecimento.


EQUIPE:
Ana Cristina, Itacy, Lucimery, Mª Regina e Patrícia Falcão
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Biblioteca Comunitária Caranguejo Tabaiares


A biblioteca foi inaugurada em 2005 com um acervo inicial de 800 livros adquiridos por meio de doações. Os jovens da comunidade participam ativamente na mobilização e colaboração de várias entidades, incluindo pessoas físicas. Existe uma equipe que orienta na organização da biblioteca e na capacitação dos jovens no processo de gerenciamento da mesma. A biblioteca desenvolve várias atividades de incentivo ao livro e à leitura como organização do acervo e escolha das obras, oficina de conto, dia da leitura na rua, etc. A biblioteca montou uma rede de amigos da biblioteca que colabora com recursos financeiros, materiais ou trabalho voluntário. Atingiu em 2007, 7920 usuários.

Responsável: Reginaldo Marques Pereira
R. Campos Tabaiares, 203, Ilha do Retiro
Recife
PE
CEP: 50.750-251
cel.: 81 8785-95-36 / 9258-9603
org. resp.: 81 92585603
reginaldompereira@yahoo.com.br
http://caranguejotabaiares.blogspot.com/